Do puxa vida

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Vai enriquecendo o vocabulário. Novas palavras e significados.

As frases vão ficando mais longas e mais elaboradas.

Ele começa a utilizar novas expressões, novas construções.

A mais recente, usada pelo cara para demonstrar descontentamento é “puxa vida…”. Como um tom de voz triste, quase um muxoxo.

– Puxa vida, mas eu queria tocar bateria…

– Puxa vida, eu queria ir na piscina…

– Puxa vida… queria minha pepé.

Nos seguramos para não rir.

E temos (eu especialmente) que nos policiar: ele repete o que falamos e como falamos – por conta disso, boca suja que sou, ando trocando os palavrões antes comuns por expressões como “é fogo”, “que coisa” e agora, “puxa vida”.

Que coisa, não é que funciona?!

Da porta

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Hoje eu a Rê nos pegamos corrigindo ao mesmo tempo a pronúncia do João.

Ele falou porta, com um sotaque meio caipira, póórta, logo corrigido pela mãe, que carioca, ainda tem sotaque: é porrrta meu filho.

Foi a minha vez de interceder… Esse exagero de erres soa estranho para um pequeno paulistano que nasceu a duas quadras da Avenida Paulista.

Rimos juntos das diferentes pronúncias. O cara se divertiu, ora provocando a mãe, ora a mim.

Ora!? Pensando bem, ele vai falar com o sotaque que quiser.

Mas confesso que por dentro gostei do sotaque carioca, afinal isso foi uma das coisas que fez me apaixonar pela mãe dele.

Uma carioca que completa hoje 11 anos de São Paulo. E se ela não tivesse vindo para cá, hoje o cara não existiria.